Pseudo-poesia, by Lira

Thanks! ^^

Numa de poetar: (aplica-se aos leitores) a poesia não tem de se perceber tem de se sentir.

[não liguem, ás vezes dá-me disto]

Desculpem mais uma vez o duplo post...

Um poema estranho. Que não tem nada a ver comigo e com o qual não concordo.



Não me acordem!

Já fui como todos vós!
Inebriada pelo fulgor da vida
Activa por cega ser
Realizada por ser distraída.

Não vi, tal como vós.
Não vi que estar ou não estar,
Ser ou não ser,
Querer ou não
É igual.
Tudo não passa de mera ilusão.

Deixai-vos estar!
Sofreis menos continuando a ignorar!
(Ainda não perceberam onde quero chegar…)

Não há liberdade.
Não há livre escolha
Nem por mim próprio:
Somos bonecos animados
Pelas mãos dos inimigos que nós próprios criámos!

Oh! O amor é lindo!
É bom conhecer e saber…
Mas quem disse que é preciso amar
Para um lugar no Mundo merecer?
Quem estipulou que o conhecimento é bom?
Afinal, qual o proveito da vida?

Andamos por estes caminhos
Que nos levam sempre ao mesmo
Na ilusão de que somos especiais
E, repito, vamos todos dar ao mesmo:
Somos mortais!

Num dia escuro
E chuvoso (como convém)
Um vulto negro bate-nos à porta
E num leve fechar de pálpebras
(O último)
Já não somos mais alguém.
Já não somos especiais.
Já não somos.

Então para quê tudo isto?
Para quê este teatro do Mundo
E da eternidade?
Não é esta a verdade!
Para quê pensar?
Se penso caio neste fluxo de não-vontade.
Para quê viver
Se o único ponto para que caminhamos é o morrer?

Eu desisti.

(Pensava eu antes de olhar para tudo o que escrevi)

...
que posso eu dizer... foi o meu favorito de todos os que ja fizeste!!! xD
Como consegues fazer algo assim de algo que não concordas? xD
Ao contrario de ti, esse poema tem muito a ver comigo e concordo com ele ^^

Bom trabalho Lira!!!!!

Obrigada Supe!
Eu também não percebo como é que consigo fazer isso...
A verdade é que ontem escrevi 3 poemas. 2 deles tentavam traduzir ideias/sentimentos meus. O outro é este. Foi sem dúvida o que saiu melhor. Vá-se lá entender...
Aquele poema, dos primeiros, em que a temática é mais o amor também foi por um processo idêntico.

Obrigada ^.^

Amo a forma como escreves, toca mesmo... temos artista..
não me queres dar um autografo...

Entretanto, estava eu a fazer publicidade do conto "Maria" aqui da Coisinha Pseudo-Escritora e reparei que nunca o comentei...

Ora bem, acho que ela já sabe mas vá...esse conto é lindo! (Por alguma coisa já o mostrei a umas tantas pessoas. lol).

Quanto ao último poema pá...xi! (coração!). Adorei!

Lira escreveu:

Eu desisti.

(Pensava eu antes de olhar para tudo o que escrevi)

Esta última coisita...rebenta com tudo.

Agora de repente nem sei bem o que dizer. Acho que por msn já te disse tudo. lol.
És a maior pá! Continua assim! ^^

Obrigada Catarina ^.^

Queres que te envie o autógrafo por correio?? lol estou a brincar xD

Obrigada Elric pelos comentários (e pela publicidade)!

Encontras-te a luz: eu sou a maior! (pronto a parte pseudo convencida que não consegui evitar lol)

Agora vão entrar as férias, vou ver se posto aqui mais qualquer coisa.

Fogo... vocês alimentam o meu ego!

Está fantastico Lira, parabens! Adorei ^^

Obrigada Clair ^.^

Estranha

Pensei,
Pensei que com o tempo passasse.

No caminho que vou calcando
Nunca houve um grande encaixe nos carris,
Nem sequer uma grande metamorfose com o meio.
Nunca me senti uma parte.
Nunca parte de um todo,
Antes um todo sem parte

Não sou daqui
Já sei, mas pensei que poderia ser dali…
Nunca me encontrei em nenhum lugar por onde passei,
Nunca me reconheci em nenhuma fotografia sobre o móvel,
Nunca vi na minha direcção um abraço ou um familiar aperto de bochechas,
Nunca encontrei uma prenda sob a árvore com o meu nome
Porque o não sei,
Porque nunca ouvi alguém chamar um nome que fosse o meu.

Continuo aqui
E fotografo, abraço, dou e chamo,
Tento encontrar-me nos outros, mas só encontro os outros
E os outros encontram alguma parte em mim, mas nunca a mim
Serei a moldura vazia…
Ou talvez a moldura familiar com a fotografia de um estranho

A humidade desbotou e misturou as cores da fotografia
Estranha e indefinida…
Nem o próprio estranho se reconheceria.

Já desisti de procurar,
De olhar todos os espelhos, de folhear todos os álbuns
Agora, se por acaso me cruzo com um espelho
Resta-me a nostalgia de jamais voltar a ser quem nunca fui.

adorei Lira *-*
como sempre, um fantástico trabalho.. haha, identifiquei-me bué com o poema
parabéns!

esta muito giro^^tens geito pa coisa xD

Quando lançares um livro, avisa. E quero um autógrafo!

by: Fã número 1

Lindo&perfeito <3 muitos parabéns Lira.
Só uma coisinha... o que são carris? sei que á uma bolacha com esse nome, mas duvido que estejas a falar nisso...

Obrigada a todos ^.^

lol Hiiq gosto quando se identificam com o que escrevo porque geralmente eu não me identifico. Para que a poesia não fique uma lamechice descontrolada tenho de me abstrair e escrever sobre coisas que não me dizem respeito directamente.

Carris são trilhos, carreiros... neste caso a ideia é mais a dos carris dos comboios, as estruturas de ferro através das quais os comboios se deslocam. Percebes Loba?

Lira escreveu:

Carris são trilhos, carreiros... neste caso a ideia é mais a dos carris dos comboios, as estruturas de ferro através das quais os comboios se deslocam. Percebes Loba?

Ahh xD isto:

http://atuleirus.weblog.com.pt/arquivo/carris.jpg

Aqui em S. miguel dizemos: Carrilhos
^^" desculpa a ignorância.

Exacto xD
Não há nada para desculpar! Fizeste bem em perguntar, se não percebias.

Finalmente, a conselho de várias famílias, resolvi criar um blog: http://nomorebluenomore.blogspot.com/

Passem por lá
Tem um novo poema.
Ainda não está é muito bonitinho e assim, mas também não me vou preocupar com isso, o que importa é o que vou lá escrever.

Adorei a poesia, muito emotiva.
Tens uma queda para as letras Lira

Para a próxima tenta fazer uma poesia com uma temática diferente, o amor é um tema bastante usado e se fizesses algo diferente até podia considerar a tua poesia como original.

Entretanto passado mil anos vejo os vossos comentários...

Antes de mais obrigada!

Justice Legend quanto à questão do amor... talvez não se perceba porque é tudo emotivo, de facto, mas acho que a única coisa que escrevi sobre amor foi o primeiro que postei. Todos os outros tentam descrever estado de alma, expressar dores do ser... Mas obrigada pela crítica, vou ter mais atenção a isso

Para quem tiver paciência seguem-se os links de vários poemas que publiquei no blog (vão lendo aos pouquinhos )

Relógio e Criança - http://nomorebluenomore.blogspot.com/2010/02/2-poemas-nesta-data-estupida.html

Este é estúpido e nem o considero poesia mas se estiverem interessados explica o nome do blog - Macabra infância - http://nomorebluenomore.blogspot.com/2010/03/macabra-infancia.html

Paradoxalmente sendo alguém (ou não sendo ninguém) - http://nomorebluenomore.blogspot.com/2010/03/paradoxalmente-sendo-ninguem-ou-nao.html

Aqui um exmeplo daqueles que pode parecer de amor... mas não é! É sobre a saudade. - Chapéu - http://nomorebluenomore.blogspot.com/2010/05/chapeu-poema.html

Alguém - http://nomorebluenomore.blogspot.com/2010/06/alguem-poema.html

Hoje o futuro sofreu uma grande perda - http://nomorebluenomore.blogspot.com/2010/06/hoje-o-futuro-sofreu-uma-grande-perda.html

Se quiserem que explique alguma coisa terei muito gosto em fazê-lo
Críticas são muito bem vindas e se quiserem seguir o meu blog até vos dedico um poema! (ou não...)

tens mesmo muito geito Lira *.*
eu cá nao tenho geito pa escrita!

o sobre José Saramago está muito bom e identifiquei-me com o Chapéu...